Food Fraud, Food Quality, Food Safety e Food Defense: você sabe a diferença? Esse conjunto de definições atuam com um objetivo em comum, garantir a qualidade do alimento.

Os alimentos podem ser contaminados em qualquer etapa da cadeia produtiva de suprimentos (produção, distribuição, preparo, transporte e consumo). Todos os envolvidos nessa cadeia tem a responsabilidade de garantir que os alimentos que ingerimos não causem doenças.

Assim, para garantir a saudabilidade dos alimentos, fatores relacionados a fraude, qualidade, segurança e defesa do produto são essenciais para as indústrias de alimentos. 

Food Fraud

Incluem adulterações por motivos econômicos a partir da substituição ou adição fraudulenta e intencional (sabotagem ou terrorismo) de substâncias ao produto. 

Exe: Adulteração por adição de outros ingredientes, documento de importação fraudado ou em falta, diluição de um produto líquido (ex. leite) para ganho de volume, rotulagem incorreta (faltando informações ou com dados que induzem o consumidor ao erro), entre outros.

Food Quality

Fatores da cadeia produtiva que influenciam no valor de um produto para o consumidor, ou seja, todos os atributos relacionados diretamente com a qualidade do produto.

Exemplo: Cor, sabor, textura, métodos de processamento, etc.

Food Safety

Conjunto de medidas preventivas a contaminações físicas, químicas e microbiológicas, que garantem que o alimento não cause dano ao consumidor quando preparados e/ou prontos para consumo.

Exemplo: Análise microbiológica preventiva, manutenção periódica de equipamentos (esteira, embaladora, caminhões de transporte, por exemplo), verificação e validação de processos de higienização, entre outros. 

Food Defense 

Compreende as atividades associadas à proteção dos alimentos e bebidas contra todas as formas de ataques maliciosos ou intencionais, incluindo ataques ideológicos que levam a contaminação.

Exemplo: Análise físico-química para detecção de substâncias adicionadas intencionalmente, a exemplo, produtos químicos. Outro exemplo é o uso de sequenciamento de DNA para identificação de espécies, seja de DNA animal ou vegetal.

Essas análises podem ser realizadas, por exemplo, para verificar se o hambúrguer é realmente feito apenas com ingredientes plant based.  Outro exemplo é a verificação de DNA de origem animal. Neste caso, é possível verificar se uma linguiça de porco tem uma mistura de carnes (Ex. cavalo, porco, frango, etc). 

A Neoprospecta desenvolveu uma linha de análises Food Defense, que utiliza análise de sequenciamento de DNA para identificação de crustáceos, carnes (gado, frango, porco), pescado e de vegetais. Mas vamos deixar para falar melhor desses produtos em um outro post. 

Spink (2019) reuniu em um desenho esquemático a intenção e a motivação da fraude alimentar, defesa alimentar, segurança alimentar e qualidade alimentar para verificar a ação básica em cada caso.

 

 

 

 

 

 

Em resumo, todas essas definições, apesar de diferentes, atuam a favor da defesa dos alimentos. Para assim, garantir alimentos seguros, saudáveis e autênticos.

Referência

Spink, J.W.; The current state of food fraud prevention: overview and requirements to address ‘How to Start?’ and ‘How Much is Enough?’, Current Opinion in Food Science, V. 27, Pg.130–138. 2019.