Com uma curva de casos acumulados de COVID-19 que segue em ascensão, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países com mais casos confirmados da doença. Desde meados de maio, quando o Brasil registrou pela primeira vez a marca de mil óbitos pela COVID-19 em 24h, esta média diária se mantém, fazendo com que a curva de casos acumulados siga em ascensão. Entender os motivos que levaram o país a ter hoje essa curva e buscar maneiras de reduzir o contágio, é essencial.
O Brasil e a COVID-19
A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, espalhou-se rapidamente pelo mundo. Até o momento, a doença já contaminou quase 20 milhões de pessoas ao redor do mundo, levando mais de 730 mil delas a óbito. O Brasil registra mais de 3 milhões de casos confirmados e mais de 100 mil mortos pela doença. O país ocupa o segundo lugar na lista de casos registrados da COVID-19, com uma curva que segue em ascensão, como pode-se visualizar no gráfico abaixo.
Casos acumulados de COVID-19 por data de notificação
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde, 2020
O Brasil levou 4 meses para atingir a marca de 1 milhão de contaminados pela COVID-19, para alcançar 2 milhões precisou de 1 mês e para chegar nos 3 milhões foi necessário apenas mais um mês.
Quando visualizamos a curva em ascensão, tendemos a nos perguntarmos “Qual é o motivo dela continuar subindo?”.
COVID-19: Como enfrentar a pandemia?
Reduzir a velocidade de contágio é essencial para o enfrentamento da pandemia. Para isso, uma conjunto de ações são necessárias. A mais importante delas, adotada por diversos países, é a estratégia de testar, rastrear e isolar.
A estratégia citada envolve uma questão importante: agir preventivamente, pensando não apenas em si, mas sim de forma coletiva. Ou seja, a testagem permite a identificação de forma antecipada das pessoas infectadas, evitando que as mesmas mantenham contato com outras pessoas e contribuam na disseminação da doença. Uma vez que as pessoas contaminadas pela COVID-19 sejam identificadas, é possível rastrear os seus contatos, localizando todas as pessoas com quem o indivíduo infectado teve contato, para que estas pessoas também possam ser testadas e isoladas.
Esta estratégia possibilita uma contenção na disseminação da doença. A causa da curva de contágio brasileira seguir subindo está correlaciona com a forma com que as ações são tomadas. Ou seja, as medidas são adotadas de forma tardia, como uma consequência de algo que já aconteceu, e não com o objetivo de prevenção.
Podemos citar a testagem como um exemplo. Na maior parte das vezes, os testes são realizados em indivíduos que apresentam sintomas da COVID-19. Porém, sabemos que parte das pessoas infectadas pelo novo coronavírus não desenvolvem sintomas, e mesmo assim podem disseminar a doença. A testagem de indivíduos sem sintomas, sejam eles pré-sintomáticos ou assintomáticos, é uma excelente forma de enfrentar a pandemia, agindo de forma preventiva e evitando a disseminação da COVID-19.
Estudo de caso Neoprospecta
O teste de RT-PCR é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19. Este teste permite a identificação do material genético do vírus. A testagem em massa utilizando a técnica RT-PCR é uma excelente forma de conter o avanço da pandemia.
Um parceiro da Neoprospecta busca realizar periodicamente testes de RT-PCR, utilizando o método de testagem em pool. Os testes são realizados mensalmente em todos os colaboradores da empresa, bem como em fornecedores e vizinhos. A empresa busca a testagem em massa como forma de identificar o mais rápido possível casos de pessoas infectadas, para que as mesmas não mantenham seus contatos e disseminem a doença.
A COVID-19 é uma doença em que o contato direto é uma das principais formas de transmissão. Sendo assim, é importante pensar no ambiente ao seu redor, e não apenas em seus colaboradores.
Este tipo de conduta é uma forma inteligente de controlar a doença. Desta forma, conseguimos agir preventivamente e não esperar as consequências para tomar ações corretivas.
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Referências
Brasil completa 100 dias de covid-19 com maior curva ascendente no mundo. Correio Braziliense, 4 de jun de 2020. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/06/04/interna-brasil,861191/brasil-completa-100-dias-de-covid-19-com-maior-curva-ascendente-no-mun.shtml>. Acesso em: 10 de ago de 2020.
Como curva de mortes por Covid-19 do Brasil se compara às de outros países. G1, 4 de ago de 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/08/04/como-curva-de-mortes-por-covid-19-do-brasil-se-compara-as-de-outros-paises.ghtml>. Acesso em: 10 de ago de 2020.