Atualizado em: 26.01.2023

A microbiologia preditiva é uma “linha de defesa” na busca pela segurança dos alimentos. É importante ressaltar que estas análises microbiológicas não são substituídas, sendo uma ferramenta adicional na garantia do controle de qualidade.

Quando se trata da verificação da qualidade dos alimentos, a avaliação microbiológica é de extrema relevância. Além de fornecer informações quanto às condições de processamento, armazenamento, distribuição e vida útil, elas avaliam risco à saúde do consumidor final.

A microbiologia preditiva é baseada no uso de modelos matemáticos para estimativa de crescimento microbiológico.

Acredita-se que a origem da microbiologia preditiva como ciência ocorreu com Bigelow e Esty em 1920, os quais propuseram modelos de cinética de inativação bacteriana em função de tratamento térmico. (FAKRUDDIN et al., 2011; PEREZ-RODRIGUEZ & VALERO, 2013).

O desenvolvimento de softwares que utilizam modelos matemáticos de crescimento é de grande importância para a indústria de alimentos. Estes permitem a criação de defesas contra contaminação, maior compreensão dos processos microbiológicos e estimativa de vida de prateleira. Indo além, modelos preditivos simulam a influência dos microrganismos em diversas etapas do processamento de alimentos.

 

Microbiologia preditiva, desenvolvimento de produtos e APPCC

Os modelos preditivos aplicados ao desenvolvimento de produtos alimentícios são vantajosos, pois reduzem o tempo de análise da microbiota e avaliam as consequências dessa microbiota na composição e processamento dos alimentos.

Com a modelagem preditiva, é possível prever, por exemplo, qual será a vida útil (prazo de validade) de um determinado alimento. É possível ainda, do ponto de vista tecnológico e estratégico, saber o que pode ser feito para otimizar o processo.

Por exemplo, uma indústria frigorífica pode avaliar, por meio de cálculos matemáticos, qual o comprometimento da vida útil de salsichas. Será que este produto ao invés de ser comercializado refrigerado a 12ºC, como recomendam os fabricantes, pode ser vendido a 15ºC ou a 18ºC. Ou ainda saber qual o efeito da adição de um novo conservante na formulação ou o uso de uma nova tecnologia de processamento do produto.

A microbiologia preditiva também é aliada da elaboração de planos de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Esta ferramenta é um excelente recurso para:

-Auxiliar o processo de implementação dos protocolos;

-Identificar os perigos microbiológicos, designando os pontos críticos de controle

-Estabelecer ações corretivas quando necessário.

 

Microbiologia preditiva e ferramentas para tomada de decisão

A microbiologia preditiva surgiu neste sentido, como uma ferramenta auxiliar à microbiologia de alimentos moderna. É utilizada para favorecer a qualidade e a segurança microbiológica dos alimentos.

Permite predizer a resposta de crescimento do microrganismo frente a variações de fatores como: temperatura, condições de armazenamento, umidade, contaminação e pH.

O que permite analisar riscos e desenvolver novos produtos e processos, aliando ações com outras ferramentas para uma tomada decisão assertiva.

A partir do gráfico gerado acima, observa-se que a 20ºC, em um período de quatro horas os microrganismos atingem níveis críticos de multiplicação. Mas o que isso quer dizer? Basicamente, é recomendado o descarte do produto, devido a alta proliferação microbiana. Este exemplo reforça a importância da microbiologia preditiva, como ferramenta auxiliar na tomada de decisões.

Quando se trata de análise de risco, a aplicação da modelagem para patógenos de origem alimentar é bastante útil, pois permite estimar a probabilidade de um alimento causar doença em um indivíduo.

 

Microbiologia preditiva e a Neoprospecta

Entre as ferramentas e soluções que a Neoprospecta utiliza para gerar conhecimento para tomada de decisões, tem-se o RIR.

O Relatório de Indicadores de Riscos, é uma solução preditiva que avalia os riscos dentro da planta industrial.

O RIR reúne informações de quatro principais indicadores de risco em relação a microrganismos:

  • Falha na higienização;
  • Condições higiênico-sanitárias;
  • Segurança dos alimentos;
  • Shelf-life.

Cada um desses indicadores possuem características específicas que ajudam a compreendê-lo.

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