As espécies do gênero Clostridium são bactérias gram-positivas que podem ser produtoras de toxinas e formadoras de esporos. Essas bactérias podem contaminar produtos alimentícios em especial os produtos cárneos.

 

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a participação do PIB da Pecuária sobre o PIB total do Brasil passou de 8,4% em 2019 para 10% em 2020 (Figura 1). Esse dado evidencia como a Pecuária Brasileira possui relevância para a economia nacional e internacional.

Tem em vista a relevância econômica e objetivando aumentar o crescimento da demanda internacional, a indústria cárnea brasileira procura cada vez mais atender aspectos de qualidade dos produtos.

A questão da segurança dos alimentos tem sido tema pertinente não apenas de estudos científicos, como também nas questões de ordem político-econômica dos países de todo o mundo, sendo o principal fator limitante das exportações de produtos cárneos brasileiros” (RAUERCK, 2006, p.1).

 

Evolução da participação do PIB do agronegócio da pecuária de corte sobre o PIB total do Brasil – 10 anos. Modificado de Brazilian Beef, 2021

 

 

A relação de espécies de Clostridium com a indústria cárnea

A qualidade e a segurança microbiológica de produtos crus dependem do controle desenvolvido durante a produção, preparação, armazenamento e apresentação para comercialização, ou seja, é necessário ter rigorosidade desde a criação até o corte e a desossa.

As espécies do gênero Clostridium são bactérias gram-positivas anaeróbicas obrigatórias. Algumas das espécies podem produzir toxinas podem contaminar todo o processo produtivo da indústria cárnea e chegar até o consumidor.

Outra característica de algumas espécies do gênero Clostridium é a formação de esporos. C. difficile é um das espécies que possui amplo número de relatos de contaminação de carnes devido a essa característica. 

Além disso, Clostridium é amplamente descrito como um dos principais responsáveis pelo fenômeno “blown pack”. Tal fenômeno é caracterizado pela distensão da embalagem de produtos cárneos armazenados após 4 a 6 semanas em temperaturas de -1,5 a 2ºC. As espécies frequentemente associados ao blown pack são C. estertheticum, C frigidicarnis, C. gasigenes e C. algidicarnis (FORNAZARI, 2011).

 

Como evitar contaminação por Clostridium

Como visto anteriormente, as espécies do gênero Clostridium podem estar relacionadas a contaminações do setor cárneo. Uma vez que essa bactéria pode estar presente nos alimentos e nos ambientes de processamento de alimentos das indústrias, é necessário que desenvolver estratégias preditivas.

biologia molecular pode auxiliar nesse processo e a Neoprospecta possui ferramentas exclusivas nessa área que irão que auxiliar na tomada de decisões e segurança dos alimentos.

Por isso, contate-nos e esclareça suas dúvidas!

 

Referências bibliográficas

FORNAZARI, A. C. Z. Determinação da comunidade microbiana pelo método molecular T-RFLP em carnes refrigeradas. Dissertação. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Universidade de São Paulo. 85f. 2011. 

BRAZILIAN BEEF. Beef Report. Perfil da Pecuária no Brasil 2021. Disponível em: http://abiec.com.br/publicacoes/beef-report-2021/

RAUECKER, U. N. et al. Detecção de Clostridium estertheticum e Clostridium gasigenes incriminados na deterioração de carnes bovinas refrigeradas embaladas a vácuo através da técnica de PCR. In: III CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG – CONPEEX, 3, 2006, Goiânia. Anais eletrônicos do III Seminário de Pós-graduação da UFG [CD-ROM], Goiânia: UFG, 2006.