Um dos aspectos importantes a ser levado em consideração na epidemiologia do Staphylococcus aureus é sua frequente resistência a antibióticos.

Algumas espécies são patógenos oportunistas que podem causar infecções cutâneas, infecções oportunistas e até mesmo septicemias fatais (MURRAY et al., 1998), causadas pelo parasitismo do agente em infecções piogênicas superficiais, profundas ou por decorrênc27ia de intoxicações, após a ingestão de toxinas imunologicamente distintas.

Outro aspecto relevante na epidemiologia de S. aureus é a capacidade de se aderir as superfícies sólidas produzindo biofilmes compostos por multicamadas de células embebidas em uma matriz de exopolissacarídeos (CUCARELLA et al., 2001; FLACH et al., 2005).

 

Em quais etapas da produção pode ocorrer a contaminação?

Durante o processo de abate, a contaminação da carne pode ocorrer em diferentes pontos da linha, merecendo destaque as operações de preparo e industrialização, principalmente quando realizadas em ambientes insalubres ou de maneiras impróprias, considerando que, muitas vezes há a entrada, na linha de abate, de suínos que albergam microrganismos que, geralmente, não causam sinais clínicos ou perdas evidentes de desempenho produtivo nos animais ou que não causam lesões evidentes na linha de abate (CARDOSO et al., 2011).

Provavelmente, suínos infectados são as maiores fontes de infecções para outros suínos (TAYLOR, 1999).

Entretanto, a distribuição de espécies do gênero é bem diversificada, uma vez que Staphylococcus aureus já foi isolado de fezes, alimentos, água, piso e paredes de baias, aerossóis, articulações, pele, cavidade oronasal, traquéia, prepúcio, vagina, intestino (TAYLOR, 1999; LEE, 2003) e lavados alveolares (GANTER et al., 1990). Staphylococcus epidermidis foram isolados da glândula mamária de porcas com mastite (BERTSCHINGER, 1999).

Segundo alguns autores, outros fatores podem favorecer a presença do agente no ambiente, destacando-se o status sanitário a idade dos animais e alguns fatores geográficos (KHANNA et al., 2008).

O manejo higiênico sanitário ainda é um dos principais responsáveis por contaminação e dispersão de Staphylococcus aureus.