Quimicamente, os refrigerantes podem ser definidos como: bebidas carbonatadas, não alcoólicas e não fermentadas tendo como sua base água, açúcar, CO2 industrialmente purificado e aromas.  

 

Breve histórico sobre a origem do refrigerante

Os percussores das bebidas carbonatadas, em particular os refrigerantes, foram as águas minerais gasosas provenientes das fontes naturais da Europa. O refrigerante surgiu em 1676 em Paris, numa empresa que misturou água, sumo de limão e açúcar.

Naquela época, não se havia descoberto a água misturada ao gás carbônico. Em 1772, Joseph Priestley realizou experiências acrescentando gás em líquidos, mas foi comercializado somente em 1830.

Nessa época, os farmacêuticos tentavam associar ingredientes curativos às bebidas gaseificadas.

 

Processos de produção

Com o advento da revolução industrial, as produções em larga escala, novos mercados e os novos equipamentos de processos, se fez necessário um acompanhamento da produção para assegurar que os produtos estejam dentro dos padrões estabelecidos para consumo e, assim, normas de controles foram criadas e aprimoradas ao longo do tempo.

Garantindo que todas as etapas do processo, desde o recebimento da matéria prima até o envase sejam controladas, auditadas e apresentem a melhor qualidade do produto considerando aspectos físicos, químicos e biológicos.

Durante o processo de fabricação do refrigerante, as matérias-primas passam por diversos equipamentos (tanques de simples mistura com aquecimento, filtros com carvão ativado, bombas, trocadores de calor e tanques carbonatadores) até se transformar no produto final destinado ao consumidor. As etapas de fabricação do refrigerante são:

1 – Produção do Xarope Simples e Filtração

2 – Resfriamento

3 – Produção do Xarope Final

4 – Diluição e Carbonatação

 

Controle de qualidade na produção de refrigerantes

Durante todo o processo são exigidos rígidos controles de qualidade tanto nas matérias primas quanto nos equipamentos a fim de evitar contaminações que possam trazer algum tipo de risco para o consumidor final, prejudicando a imagem da companhia, por exemplo.

Dentro dos controles existentes é essencial à manutenção de um rigoroso programa de limpeza e sanitização na linha de produção, pois contaminantes podem desenvolver-se continuamente em equipamentos e sua presença no produto provavelmente será detectada apenas após um período de tempo considerado grande.

De acordo com BACK (2001) um importante fator que colabora com a contaminação por leveduras em bebidas carbonatadas não pasteurizadas é a presença de concentrações suficientes de zinco. Bebidas com quantidades de zinco acima de 0,1 – 0,2mg/L, podem apresentar alto crescimento de leveduras em curto prazo.

Esses riscos podem ser minimizados e até evitados com o rastreamento da origem dos focos de contaminação, bem como conhecendo o risco potencial que cada contaminante representa para o produto.

Nesse sentido, torna-se importante enumerar, isolar e conhecer as propriedades presentes nas matérias-primas e insumos utilizados como suco, açúcar, xarope, CO2 , água de processo, garrafas e rolhas, fases do processo, equipamentos que entram em contato direto ou indireto com a bebida, bem como o produto final.