A análise microbiológica é imprescindível para um controle de qualidade dos produtos alimentícios. A segurança do produto sempre é a prioridade de empresas e por isso, a preocupação em evitar contaminações começa desde o processamento da matéria prima até o embalamento e transporte do produto.

 

Assim, ao longo do processo produtivo e dos anos, as empresas buscam cada vez mais aprimorar as técnicas de análise microbiológica e torná-las cada vez mais precisas, rápidas e eficazes.

 

Confira conosco quais são os principais métodos e técnicas disponíveis para o controle microbiológico nas indústrias alimentícias.

 

Métodos clássicos

 

Métodos clássicos são os mais utilizados pelas indústrias alimentícias, pois são recomendados por uma normativa oficial brasileira (BRASIL, 2003). As técnicas empregadas são consideradas como métodos “padrão ouro” para a detecção de microrganismos patógenos presentes em produtos alimentícios e consistem em pré-enriquecimento; enriquecimento seletivo; semeadura em meio sólido seletivo-diferencial e identificação bioquímica e sorológica das colônias suspeitas.

 

Os métodos clássicos são, em sua maioria, incorporados a testes comerciais ou testes bioquímicos automatizados e apresentam menores custos e maior conveniência.

 

O grande contraponto destes métodos é o tempo para a análise. Em geral, esses processos acontecem simultaneamente à produção e não permitem uma prova analítica demorada, portanto, muitas vezes os resultados não são entregues em tempo hábil para a realização de ações corretivas. 

 

A biologia molecular e o controle microbiológico

 

Outra forma de análise microbiológica que ganha cada vez mais espaço na área de controle de qualidade e microbiológico é a análise utilizando a biologia molecular.

 

Nesse caso, as técnicas de biologia molecular são realizadas para identificar os microrganismos a partir de seu DNA ou RNA. Ou seja, nas amostras de matéria-prima, processo produtivos e/ou insumos há um rastreamento da presença de DNA ou RNA de microrganismos prejudiciais.

 

A técnica mais comumente realizada é o PCR (Polymerase Chain Reaction) em tempo real que amplifica fragmentos específicos do DNA dos microrganismos, identificando a presença e a quantidade de patógenos na amostra de forma rápida e precisa.

 

A NGS (Next Generation Sequencing ou Sequenciamento de nova Geração) é uma outra técnica aplicada que consiste na identificação das sequências de ácidos nucleicos do microrganismo, associado a biologia computacional, possibilita que bilhões de nucleotídeos presentes nos fragmentos de DNA sejam sequenciados simultaneamente.

 

Ainda que tenha custos elevados, a grande vantagem da utilização das técnicas de biologia molecular são a rapidez, precisão e robustez de informações essenciais para garantir o controle de qualidade eficaz. 

 

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Referências

 

BRASIL. Instrução Normativa nº 62 de 26 de agosto de 2003. Oficializa métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. Anexo I. Publicado no Diário Oficial da União de 18/09/2003, Seção 1, Página 14. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/

consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=2851 >. 

 

Julie Matie Noda

Bióloga, Mestre em Ciências Biológicas.