Muitos fatores direcionam as mudanças na indústria de alimentos no que se refere à sua segurança. Fatores pressionam a indústria de maneira positiva, tornando-a mais exigente com os seus processos de fabricação, recursos humanos, fornecedores de matéria-prima e embalagens.

A embalagem, como parte fundamental da cadeia de produção e distribuição de alimentos, é também exigida quanto à sua segurança:

  • Qual é a interação entre a embalagem e os alimentos?
  • Os componentes da embalagem (material, impressão, adesivos etc.) são transferidos para os alimentos?
  • Quanto desses componentes transferidos da embalagem pode ser ingerido?
  • Qual a composição química da embalagem? São substâncias seguras?
  • A embalagem pode induzir a contaminações físicas e químicas?
  • Qual é o risco de contaminação acidental?
  • Qual é a possibilidade de novos materiais/novas tecnologias gerarem produtos de degradação não esperados em alimentos?

 

Material antimicrobiano nas embalagens

Na embalagem antimicrobiana, o material de embalagem, o produto e o ambiente interagem para prolongar a fase lag e/ou reduzir a taxa de crescimento dos microrganismos.

Essa categoria de embalagem ativa, representa uma alternativa para a adição direta de aditivos antimicrobianos no produto final e elimina alguns problemas associados a essa prática de adição direta.

Nesse contexto, as embalagens ativas são definidas como aquelas que mudam as condições do ambiente que cerca o alimento a fim de prolongar a sua vida útil e manter as propriedades sensoriais e de segurança.

Contudo, o desafio na busca de formas inovadoras de inibição do crescimento microbiano nos alimentos, mantendo sua qualidade, frescor e segurança, apontou para o desenvolvimento de uma embalagem que incluísse materiais com propriedades antimicrobianas na sua constituição

As embalagens ativas incluem os absorvedores de oxigênio e etileno; eliminadores e emissores de CO2; enzimas; controladores de
umidade, sabor e odor; agentes antimicrobianos e antioxidantes, entre outros.

As embalagens ativas antimicrobianas podem assumir diversas formas, dentre as quais se destacam os sachês contendo agentes antimicrobianos; os revestimentos ou adsorventes antimicrobianos aplicados nas superfícies de polímeros; a imobilização dos agentes antimicrobianos nos polímeros por meio de ligações covalentes ou iônicas; os polímeros antimicrobianos inerentes e os polímeros incorporados de agentes antimicrobianos voláteis e não-voláteis.

Embalagens ativas com filmes antimicrobianos produzidos pela incorporação de óleo essencial microencapsulado, tem efeito positivo na extensão da vida útil de alimentos. Esses filmes são uma alternativa tecnologicamente viável possibilitando a produção de embalagens ativas e viáveis economicamente.