Emergência zoossanitária foi oficialmente decretada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no dia 22 de maio na edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (22), na Portaria nº 587, devido à Influenza Aviária no Brasil.
Desde o ano passado (2022) o Brasil, assim como outros países como Estados Unidos, Holanda, Equador e Venezuela, tem intensificado as ações de proteção das aves de corte contra a infestação do vírus influenza aviária (H5N1).
Relembrando alguns dados, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos relatou que, só em 2022, a gripe aviária matou 50,54 milhões de aves no país. Graças às ações de prevenção e controle das infestações, o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal dos EUA vem reportando um decréscimo no número de aves infectadas pelo vírus.
É importante ressaltar que a gripe aviária é uma doença extremamente contagiosa ocasionada por vírus (H5N1). Ela se espalha de um local para o outro através das aves migratórias, que são resistentes à infecção, como patos, gansos e gaivotas.
Emergência Zoosanitária
No Brasil, o MAPA confirmou em 22 de maio, três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado do Espírito Santo, detectadas em aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando). Ao todo já são 8 casos confirmados, sendo 7 no Espírito Santo e 1 caso no Rio de Janeiro.
Devido a confirmação desses novos casos, o MAPA decretou Emergência Zoosanitária por 180 dias. Esta medida foi tomada preventivamente para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
Mas, o que isso quer dizer?
Quer dizer que um conjunto de atividades distribuídas em uma rede composta por aspectos técnicos, políticos, econômicos e sociais, atuará para planejar e definir ações adequadas para a assertiva execução das atividades de contenção e erradicação de focos da DEA, que neste caso é a influenza aviária.
Doença emergencial animal (DEA) é aquela doença transmissível, exótica ou erradicada no país ou em partes do país, com potencial de rápida disseminação. A DEA tem impacto significativo para a economia ou risco de crise para a saúde pública ou vida selvagem. Em caso de DEA é necessária a adoção imediata de ações, por parte do dos órgãos, para contenção ou erradicação.
Enquanto os órgãos envolvidos nessas ações trabalham para erradicar a DEA, o MAPA pede que a população não recolha as aves que encontram doentes ou mortas, e que acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.
E para os os proprietários/criadores de aves de corte é importante rever as suas práticas de biossegurança e manter-se vigilantes para proteger as aves de capoeira e de estimação livres da influenza aviária (H5N1).
Biologia Molecular aliada dos produtores
Os métodos tradicionais de identificação de vírus dependem da cultura de vírus em laboratório, o que pode demora e limitar o conhecimento dos vírus.
A biologia molecular revolucionou o campo da virologia ao fornecer ferramentas poderosas para identificar e caracterizar vírus.
Uma das principais técnicas usadas em biologia molecular para identificação de vírus é a reação em cadeia da polimerase (PCR). A PCR permite a amplificação de regiões específicas do material genético do vírus, como seu DNA ou RNA. Assim, pesquisadores podem detectar e identificar até mesmo pequenas quantidades de material genético viral.
Identificação de micro-organismos por PCR é uma das técnicas que a Neoprospecta vem utilizando para auxiliar a indústria de alimentos a identificar desafios microbiológicos. A exemplo, as análise do vírus SARS-CoV-2 em ambientes de processamento, que foi uma exigência do mercado interno e externo até mesmo após o período pandêmico.