Os consumidores vão orientar suas escolhas de alimentos e bebidas de forma cada vez mais consciente, priorizando questões como transparência nas informações, confiabilidade e inovação dos processos.
A inovação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer empresa. No setor de alimentos não é diferente, e cada vez mais os consumidores desejam consumir novos produtos que consigam aliar sabor, nutrição, qualidade e segurança. Para auxiliar nesse processo de inovação, já existem diversas empresas FoodTech, especializadas em inovação e ciência de alimentos.
O setor de regulação sanitária é responsável por determinar os padrões de qualidade e segurança para novos produtos, portanto, todo o processo de inovação para a indústria de alimentos deve seguir os fluxos de registro estabelecidos por este setor para ser disponibilizado aos consumidores
Em seu estudo divulgado em 2018, a Mintel (líder mundial em pesquisas de mercado) identificou várias tendências-chaves para o consumidor que abrangem os temas confiança, inovação, estresse e sustentabilidade.
Confiança, inovação e sustentabilidade
A falta de confiança dos consumidores em relação a sistemas de regulamentação, fabricantes e produtos faz com que eles exijam completa e total transparência das empresas de alimentos e bebidas.
Esta desconfiança está pressionando empresas a fornecerem divulgações completas e honestas sobre como, onde, quando e por quem a comida e a bebida são cultivadas, colhidas, produzidas e vendidas, afirma o estudo da Mintel.
A necessidade de oferecer segurança e conquistar a confiança do consumidor está levando empresas a ampliarem o uso de apelos naturais, éticos e ambientais.
Inovação – Lançando novos produtos no mercado
Cada vez mais exigente, o consumidor busca por produtos práticos, saudáveis e de maior valor agregado. Para atender a essas necessidades, a indústria de alimentos e bebidas tem investido em novas tecnologias, que vão desde ingredientes, aditivos e aromas, a equipamentos e processos de qualidade ultra tecnológicos.
Quanto aos aspectos de segurança os novos produtos alimentícios devem apresentar: ensaios nutricionais e/ou fisiológicos e/ou toxicológicos em animais de experimentação; ensaios bioquímicos; estudos epidemiológicos; ensaios clínicos; comprovação de uso tradicional, observado na população, sem danos à saúde; evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as características do alimento ou ingrediente (BRASIL, 1999).
Em relação ao registro de novos produtos alimentícios de origem animal o Ministério da Agricultura tem adotado uma sistemática mais voltada ao plano da inovação.
Recentemente, o MAPA disponibilizou uma atualização sobre os procedimentos para avaliação, divulgação, validação e implementação de novas tecnologias na obtenção de produtos de origem animal em estabelecimentos com registro ou relacionamento com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA (BRASIL, 2016).
Avanços da ciência na área de alimentos
Há em andamento uma verdadeira revolução tecnológica, em que empresas estão desenvolvendo soluções para substituir os processos convencionais e ultrapassados, por processos tecnológicos e de alta precisão. As principais inovações ligadas ao mercado de alimentos estão nas áreas de insumos, biotecnologia, bens de capital e embalagens.
Segundo pesquisas do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em 2010 o Brasil investiu R$ 24,2 bilhões na área de Pesquisa & Desenvolvimento no setor de alimentação.
A pesquisa é aplicada em todos os segmentos da indústria, para desenvolver novos produtos, insumos, embalagens e processos de fabricação.
Como a sua indústria está lidando com a inovação tecnológica?
Referências
Mintel – Food and drink – https://www.mintel.com/press-centre/food-and-drink/
BNDS – Inovação na indústria de alimentos – https://web.bndes.gov.br/
Flávia Gouveia – Indústria de alimentos: no caminho da inovação e de novos produtos