O sucesso no controle das infecções hospitalares está diretamente relacionado a um bom relacionamento com os outros profissionais do hospital, sejam assistenciais e não assistenciais. Para manter a “boa política”, é fundamental, o médico da CCIH estar sempre envolvido em decisões importantes para o hospital.
Além disso, também são atuações importantes: O estabelecimento de métodos de vigilância epidemiológica, a definição dos micro-organismos relevantes e o controle de antimicrobianos. Esse último é fundamental e pode ser encarado de algumas maneiras. Na prática, a maioria das equipes contém um, no máximo dois médicos.
A utilização de antibióticos num hospital ultrapassa a capacidade de avaliação do médico de tal maneira, que são inevitáveis as perguntas:
- Quais antibióticos avaliar?
- Como auditar as prescrições?
São desafios frequentes e que exigem a companhia dos farmacêuticos nessa jornada, fundamentais na avaliação, bloqueio e liberação daqueles. Um caminho é buscar de forma ativa a prescrição pela equipe assistencial, a outra destina-se uma carta aos médicos para solicitação dos antimicrobianos de amplo espectro de ação antimicrobiana ou aqueles de alto custo.
O fato é que vivemos uma era de bactérias (e fungos) resistentes (até à clorexidina!) e precisamos do médico da CCIH atuante, que seja clínico, gestor e dissemine o uso racional dos antimicrobianos, pois micro-organismos gram-negativos e estafilococos multirresistentes, e até pan-resistentes, são sinônimos de desfecho desfavorável.
Cabe a nós liderar essa luta.
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Assista o webinar “NGS aplicado ao controle de IRAS“, em que o Dr. Rodrigo foi nosso convidado especial, contando como foi a atuação da Neoprospecta no Hospital da Unimed Volta Redonda em um momento que bactérias estavam causando infecções na instituição.
Sobre o autor: Rodrigo Cuiabano Paes Leme é médico infectologista, fez residência médica pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e atualmente é Médico do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed Volta Redonda.